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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Carnaval: a maior festa popular brasileira


Origem Histórica

Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de dezembro (Saturnais - em honra ao deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra ao deus Pã, na Roma Antiga.). Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polêmica.

Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da primavera. De fato, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos a.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.

Originariamente os católicos começavam as comemorações do carnaval em 25 de dezembro, compreendendo os festejos do Natal, do Ano Novo e de Reis, onde predominavam jogos e disfarces. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Lata, rua próxima ao seu palácio. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos.

O baile de máscaras, introduzido pelo papa Paulo II, adquiriu força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.

Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850. Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.

Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades européias, como Nice, Veneza e Munique.

Etmologia da Palavra

Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também têm se constituído em objeto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico.

Para outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período vindouro (Dias Magros da Quaresma).

Posição da igreja evangélica no período do carnaval

Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se, por, isso de uma manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pela Bíblia.

Seja no Egito, Grécia ou antiga Roma, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeira desenfreada, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas.

Traçando o perfil do século XXI, não é possível isentar a Igreja evangélica deste movimento histórico. Então qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval? Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas? Devemos por outro lado, ficar aqui e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização? Ou isso não vale a pena porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o entendimento?

Cremos que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da Igreja de Deus nasce de princípios estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é Santo.

Há quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo e investir contra ela? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de evangelismo?

No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que o originaram, continuamos vendo, imoralidade, promiscuidade sexual e bebedeira.

Como cristãos não podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus (Romanos 8:5-8; I Coríntios 6:20).

Evangelismo ou retiro espiritual?

A maioria das igrejas evangélicas hoje tem sua própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período do carnaval.

Opinião, esta que, baseia-se em parte na teologia que cada uma delas prega. Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber: enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.

Primeiramente, gostaríamos de destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo por amor com a intenção de ganhar almas para Cristo, edificando seu Corpo. Entendemos também o propósito dos retiros espirituais: momentos de maior comunhão com o Senhor. Muitos crentes têm sido edificados pela pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo nos acampamentos das igrejas.

Todavia, a oportunidade de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso meio.

Em meio à pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar estratégicas adequadas para posicionar-se à estas mudanças dentro da Bíblia, e não dentro de movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não fatores externos.

Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opinião diferente s a este respeito de maneira adequada para evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade para pregar.

Partindo deste princípio não podemos deixar de levar o evangelho não importando o momento.

Assim devemos lançar mão da sabedoria que temos recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para nossa igreja nesse período tão sombrio que é o carnaval.

Bibliografia:

Revista Defesa da Fé
Internet.
Enciclopédia Barsa

(Extraído do site Centro Apologético Cristão de Pesquisas).

Apesar de um pouco comprido, achei este estudo muito bom e quis trazer à vocês leitores.

Leiam também "Sou evangélico, qual o problema em pular carnaval?" (parte 1) e (parte 2).

Deus te abençoe. Só Jesus salva!

2 comentários:

  1. Olá, achei interessante este texto, mas queria dar um alerta.
    Bem, eu vou todos os anos ao retiro espiritual da minha igreja, gosto de retiros, e para mim, é como se fosse uma recarga das baterias, todos os anos vejo o agir de Deus nesses retiros, mas de nada adiantaria irmos para um lugar isolado se realmente não estivermos interessados em buscar mais intimidade com Deus e comunhão com a igreja. Retiros são benção, quando se mantém o foco de comunhão e intimidade com Deus, é claro que temos algum momento de lazer, mas tem que ser entendido que retiro, não é clube de passeio!
    Também de nada adianta, ficar em casa, se vc não colocar o que diz neste post em prática e pregar a Palavra de Deus. Já vi, muitas conversões em retiros, mas se vc decidir não ir, realmente faça a sua parte como cristão, no próximo ano, minha igreja já tem o projeto de participar do Impacto de Carnaval, é um trabalho muito abençoado, onde cristãos se reunem para pregar o evangelho no carnaval. Contudo, querido, para vc que se interessa por este trabalho, não o faça, no "oba, oba", tem que se preparar, estudar a Palavra, orar, buscar orientação e sabedoria em Deus, pq o trabalho é difícil e árduo, não faça pq os outros estão fazendo, na Palavra do Senhor diz que aí daquele que fizer a minha obra relaxadamente.
    Espero não ter sido muito forte nas minhas colocações... rs... E para vc que fica ou que vai para algum retiro, não esqueça acima de tudo de buscar ao Senhor!
    Graça e paz!

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  2. Oi Anile.

    Creio que o autor não quis criticar as igrejas que fazem retiro, mas de fato ele demonstra em suas palavras que é muito mais favorável ao evangelismo nesta data.

    Entendo que as duas visões são muito boas, e tendo em vista que Deus é que está no controle de sua igreja, Ele sabe o que é melhor para cada uma.

    Eu mesmo amo retiro, pois paramos tudo para somente buscar a presença dEle, mas infelismente este ano não terá em minha igreja devido a troca de pastores. Porém eu mesmo nunca evangelizei nas ruas nesta data, e acho que também seria bem interessante. E só reafirmando o que você disse, de fato que vai à retiro deve ir com compromisso e ñão achando que vai para brincar, pois esse não é o propósito.

    O certo é que militando contra as obras de satanás ou sendo alimentados em um retiro, Deus está à frente de tudo e quando Ele tem planos ninguém pode impedir.

    Deus abençoe a todos nesse feriado, ou em retiro ou evangelizando, não importa, mas que Deus abençoe a todos!

    Só Jesus salva!

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